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O cinegrafista que capturou as únicas imagens do atirador durante o massacre na ilha de Utoya, na Noruega, afirmou que no momento da filmagem não tinha ideia do que estava em sua câmera.
Marius Arnesen, funcionário da rede de TV pública NRK, estava em um helicóptero que voava a cerca de 200 metros acima da ilha de Utoya, após a notícia de que um homem abrira fogo em um acampamento para jovens do Partido Trabalhista no local.
"Estávamos sobrevoando e tirando fotos da ilha. Ela parecia vazia, então a princípio pensamos que a polícia tinha tirado as pessoas de lá", contou Arnesen à Associated Press. "Depois vimos gente nadando e boiando na água. Devagar, começamos a perceber o que estava acontecendo".
Com sua câmera, Arnesen deu um zoom na área da ilha em que as pessoas tinham se jogado na água. "É difícil segurar a câmera com firmeza e pegar a imagem correta. Então dei um zoom e tentei não me mexer por três segundos", contou.
As imagens mostram um homem vestido com roupas escuras cercado por corpos na terra e na água. A NRK divulgou as fotos após alterar a imagem digitalmente para não revelar a identidade das vítimas.
O helicóptero deixou o local para reabastecer e Arnesen pôde assistir às imagens, mas ele ainda não estava certo sobre o que tinha filmado.
Só na manhã seguinte, quando editores da NRK revisaram a filmagem quadro a quadro, perceberam que era possível ver Anders Behring Breivik, o norueguês de 32 anos que assumiu o ataque.
"Eles me ligaram e disseram: 'Só para te avisar que você filmou o assassino'", contou Arnesen.
O fato de o helicóptero da NRK ter chegado à ilha antes da equipe policial que prendeu Breivik provocou críticas sobre a atuação das autoridades. Alguns parentes de vítimas também questionaram se a NRK colocou-os em perigo.
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